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Patrulha Estelar (Star Blazers – 1974)

Emissora: Yomiuri TV.
Emissora no Brasil: TV Record e Rede Manchete.
Transmissão Original: de 6 de outubro de 1974 a 4 de abril de 1981.
Duração: 23 minutos.
Temporadas: 3 séries (77 episódios e 4 longas-metragens).
Cores.
Companhias Produtoras: Toei Animation e Office Academy.

  video elenco

O Desenho.


O conceito original do Yamato começou a ser desenvolvido pelo produtor Yoshinobu Nishizaki no início dos anos 70. Somente com a entrada do desenhista Reiji Matsumoto, com traços que influenciam várias produções até hoje, o projeto decolou, já que ele criou não só o visual das naves e personagens, como também desenvolveu a história, produziu os quadrinhos (em 1972) e também foi supervisor geral dos desenhos.

Reiji Matsumoto, famoso no Japão por criar épicos espaciais como Capitão Harlock, a Nave Arcádia (já lançado em vídeo e exibido na Manchete) e Galaxy Express 999, começou a carreira desenhando para revistas femininas. Ele nasceu em 1938 e seu nome verdadeiro é Akira Matsumoto.

A saga de Patrulha Estelar recriava o clima de filmes épicos de guerra em um contexto futurista. Com uma nave espacial inspirada em um navio, essa ideia se encaixava perfeitamente na obra de Leiji Matsumoto, onde a ciência é muito mais próxima da fantasia, sem preocupações com a realidade. Capaz de viajar com saltos no hiperespaço, transportar astro-caças (os jatos Tigres Negros) e armada com o devastador Canhão de Ondas em sua proa, o Yamato é a principal peça das Forças de Defesa da Terra.

A primeira temporada de Patrulha Estelar, que mostra a guerra contra o Império Gamilon de Deslock, teve pouco sucesso e durou 26 episódios. Resumida em um longa para cinema, fez enorme sucesso, o que permitiu a retomada da saga num longa em 1976. Esse longa com a luta contra o Cometa Império tinha um final muito trágico e a pressão do público fez o estúdio reformular a história na forma de uma série de TV com 25 episódios. Entre a série II (Cometa Império, de 1978) e a série III (busca da nova Terra, de 1980), houve dois longa-metragens, sendo um para TV e o outro para cinema. O título original da série é Encouraçado Espacial Yamato, uma alusão a um navio que existiu de verdade. No desenho, o encouraçado Yamato, da Segunda Guerra Mundial, é recuperado e convertido em poderosa espaçonave de combate. Rebatizada nos EUA Star Blazers, a produção foi lançada no Brasil com os nomes já alterados, incluindo o da nave, que ficou sendo Argo.

A série III foi trazida diretamente do Japão. Nela, todos os personagens novos têm seus nomes originais japoneses preservados. Os que já eram conhecidos por nomes ocidentais continuaram assim. Após a última temporada na TV, a saga foi encerrada com um grandioso longa-metragem para cinema em 1983. Muito do sucesso e do clima épico da série se deve à brilhante trilha sonora de Hiroshi Miyagawa, cujo trabalho em Patrulha Estelar rendeu um disco gravado ao vivo, executado pela Orquestra Sinfônica de Tóquio. Em 1994, uma nova geração foi apresentada no Japão em uma minissérie feita diretamente para vídeo.

A História.


A história começa mostrando o planeta Gamilon, que condenado à destruição por uma catástrofe natural, tem a liderança do ditador General Desslock. Logo ele declara guerra à humanidade, decidido a ocupar a Terra para transferir seu povo. Assim, Star-sha, do planeta gêmeo de Gamilon, Iskandar, disponibiliza para aos seres humanos o Cosmo Cleaner, que pode limpar a radiação das bombas de Gamilon. Para a difícil jornada, o capitão Okita lidera a inexperiente tripulação do Cruzador Espacial Argo, onde o destaque fica por conta do impulsivo Wildstar. Incapaz de atacar Star-sha por amá-la, resta a Desslock tentar impedir que a Patrulha chegue em Iskandar, gerando inúmeras de batalhas.

Um ano após o fim da guerra contra Gamilon, surge um novo inimigo, o Cometa Império. Enquanto ele se aproxima, a Patrulha Estelar parte para atender a um pedido de socorro enviado por Trilena (Tereza), do planeta Telezart. Aliado ao Cometa Império está Deslock, que luta por sua vingança pessoal contra a Patrulha Estelar. Já dois anos após a luta contra o Cometa Império, uma batalha entre as nações interplanetárias “Império Galman” e “Federação Polar” faz com que um míssil destruidor de planetas fique vagando pelo espaço até cair no Sol. A reação da bomba no Sol faz com que se acelere seu processo de “fusão nuclear” e com isso o Sol iria explodir em 1 ano, por isso a Patrulha Estelar deveria partir para buscar um novo planeta para a humanidade.

 

No Brasil.


No Brasil, Patrulha Estelar estreou na TV Record, mas ficou pouco tempo no canal, pois após o incêndio sofrido em 1981, passou os direitos de exibição para TV Manchete entre 1983 e 1985, onde a série foi mostrada dentro do programa Clube da Criança. Depois de algumas reprises no programa Circo da Alegria e de ocupar alguns horários tapa-buraco, a série sumiu da TV ainda nos anos 80.

Na década seguinte, os primeiros episódios da fase Cometa império chegaram a sair em vídeo, pela Herbert Richers, a mesma empresa que dublou os episódios.  A exibição dessa fase sofreu muitos cortes e adaptações feitas nos Estados Unidos, e com os nomes modificados lá. Essas adaptações e cortes tiveram por base a censura americana, que considerava certas partes do anime violentas ou inadequadas para crianças, além de ver nas referências japonesas um problema, já que poderia ser encarado como um desenho de ideologia anti-americana.

A terceira fase, A Crise do Sol, porém, foi exibida com as aberturas e encerramentos no idioma japonês, o mesmo acontecendo com as músicas. Aparentemente não houve cortes e alguns nomes originais foram mantidos, principalmente dos personagens novos. Por causa da adaptação diretamente da versão japonesa, na terceira série era muito comum os personagens se referirem à Patrulha Estelar (tanto tripulação e nave) como “Argo”, tradução americana para o nome “Yamato”, nas duas primeiras temporadas. Na versão brasileira de Cometa Império, tradicionalmente os heróis eram chamados de “Patrulha Estelar”, usado no lugar de “StarBlazer” da versão americana.

Não há certeza sobre o motivo da não exibição de Quest to Iscandar pela Rede Manchete, ou se até mesmo foi ou não exibido. Uma das teorias é de que a emissora carioca estava sendo implantada quando transmitiu a primeira temporada e só algumas regiões do Rio de Janeiro puderam assistir.

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